terça-feira, 21 de julho de 2009


HISTÓRIA DO OPALA

Um dos carros de maior sucesso do Brasil, até hoje conta com uma fiel - e cada vez maior - legião de admiradores. Foi lançado em fins de 1968 (já com modelo 1969), inicialmente quatro portas e cambio de três marchas com alavanca na coluna da direção. Os motores eram de quatro (153 polegadas cúbicas, 2506 cm3) e seis cilindros (230 polegadas cúbicas, 3800 cm3). O teto de vinil passou a ser oferecido em 1970. No ano seguinte surgiu a versão SS (Separated Seats, ou "bancos separados"), que, como o próprio nome diz, contava com bancos dianteiros individuais (até então era do tipo inteiriço), motor 4.1 de seis cilindros e câmbio de quatro marchas com alavanca no assoalho. O motor e a caixa seria disponibilizado logo depois para todos os Opala.


Em 1972 o mercado sinalizava a preferência pelos carros de duas portas. Assim, naquele ano foi criada a versão cupê. Surge também o primeiro SS de duas portas, sendo descontinuada a versão de quatro portas ainda em 1971. Uma nova frente é criada nesse ano-modelo, com grades diferenciadas para os Opalas Standard e Gran Luxo. O motor de quatro cilindros também sofreu alterações e apresentava a cilindrada de 151 polegadas cúbicas. Em 1973, a transmissão automática passa a ser opcional tanto para os motores de quatro e seis cilindros. O básico passa a ser Especial.


Em 1975 o Opala passa pela primeira cirurgia plástica e ganha nova grade, novas lanternas traseira redondas (duas de cada lado), novas calotas, a versão top passa a ser Comodoro, o painel de instrumento e bancos são redesenhados (ganham encostos altos com opcionais). É lançada a Caravan, a station wagon da linha, como motores quatro e seis cilindros e praticamente todas as opções do Opala. Para 1976, a GM cria o motor de seis cilindros, 250-S, que vinha com 171 cavalos brutos de potencia graças a carburação, comandos de válvulas mais bravas e tuchos mecânicos.


Em 1977 surge o Opala Gama, com câmbio com quatro velocidades (na verdade, um três marchas com sobremarcha) e motor de quatro cilindros. No ano seguinte vieram as novas grades dianteira e forrações e logotipia alterada. Em 1979, os encostos dos bancos ganharam desenhos mais quadrados, e os espelhos passaram a ser de plástico (e quase retangulares), os protetores de pára-choque mudaram e a versão básica tinha grade preto. A alavanca do freio de mão foi instalada entre os bancos.


O Opala sofreu seu segundo redesenho em 1980, com adoção da frente com faróis retangulares e piscas que avançam pelas laterais, novas lanternas traseira e maiores dimensões, espelho retrovisor externo redesenhado. Nesse ano surge ainda o Diplomata de duas e quatro portas. Aqui cabe uma curiosidade: essa versão, na verdade, já estava pronta desde 1979, mas, como o carro sofreria profundas mudanças, a GM decidiu esperar até o ano seguinte para laça-la. Todos eles apresentavam um acabamento mais requintado e as novas rodas de liga leve - pela primeira vez presentes no Opala, juntamente com os pneus radiais - eram item de série. O motor podia ser o quatro cilindros (151-S) ou seis cilindros 250. Esse ano marcou o fim do Opala SS e também da Caravan SS.


Em 1981 o painel da linha Opala é redesenhado e surge a versão quatro cilindros a álcool. Em 1982 o Diplomata passa a ter novos pára-choques pretos. A grade dianteira ganhou elementos verticais mais marcados e os frisos laterais, antes lisos, tornaram-se canaledos. Em 1983 é a vez das novas forrações e maçanetas internas e em 1984 e a trava da porta do motorista só fecha por fora com chave.


Em 1985 ocorre a terceira mudança drástica no Opala, que ganha novos frisos, forrações, bancos, rodas de liga leve, painel de instrumentos, pára-choques mais largos, lanterna com pisca na cor âmbar etc. Nesse ano é lançado o motor de seis cilindros a álcool (250). Em 1986 aparece a Caravan Diplomata e no ano seguinte praticamente não há mudanças. Em 1988 o Opala ganha frente, lanternas traseiras e interior redesenhado. O câmbio automático passa a ser de quatro marchas.


Sem mudanças significativas em 1989, no ano seguinte os espelhos e tampa da tanque (da Caravan) são redesenhados. Um detalhe conhecido por poucos: o friso que enfeita o painel traseiro do Opala comodoro e Diplomata deixa de existir. Existem Opala e Caravan 90 sem essas mudanças, conforme o período de fabricação.


Em 1991 o Opala já esta na contagem regressiva, mas ganha pára-choques envolventes, novos bancos e forrações e perde o quebra-ventos. O Diplomata passa a contar com freio a disco nas quatro rodas e rodas de liga leve de aro 15. No seu derradeiro ano, recebeu encostos de cabeça vazados e direção Servotronic, além do câmbio manual de cinco marchas. Cerca de 1 milhão de Opala e Caravan foram vendidos ao longo desses anos e o Omega, seu sucessor, não teve o mesmo carisma.


Referência: CD-Rom Nossos Carros (Quatro Rodas Especial).





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